sábado, 3 de janeiro de 2015

Tudo é Eventual - Stephen King

Os livros de Stephen King têm uma qualidade que é marca registrada, e, embora eu goste da maioria, pra mim é em suas coletâneas de contos que sua essência como contador de histórias e como mestre do terror e da fantasia é melhor retratada.
Segue minha impressão sobre os catorze contos que compõem essa antologia:

  • Sala de autópsia 4: Aborda o medo de ser declarado morto ainda estando vivo, Howard Cottrel está em uma sala de autópsia, prestes a ser retalhado; está preso em seu próprio corpo, sem conseguir dizer que está vivo.
  • O homem de terno preto: Um menino de nove anos encontra com o diabo em uma pescaria no bosque e depois passa os próximos 81 sem saber se acreditava em si mesmo.
  • Tudo o que você ama lhe será arrebatado: Um suicida indeciso reflete sobre as possíveis repercussões e sua morte e sobre frases que leu rabiscadas em banheiros por todo o país.
  • A morte de Jack Hamilton: King narra a lenta morte de um fora da lei da época da depressão, o tipo de história que o fascinava quando criança.
  • Na câmara da morte: Um homem é interrogado e torturado em um país da América do Sul. Lá ele experimenta o medo, a dor, a dúvida e a esperança.
  • As irmãzinhas de Eluria: Em uma história da Torre Negra, que se passa antes do início do primeiro livro da saga, Roland de Gilead enfrenta tenebrosas vampiras em um hospital transviado.
  • Tudo é eventual: Provavelmente o melhor conto do livro. Dink largou a escola e recebeu uma proposta de emprego inusitada. Por um longo tempo ele se dedica à nova ocupação, até que, certo dia começa a desconfiar que seus talentos estão sendo mal utilizados.
  • A Teoria de L. T. sobre Animais de Estimação: L. T. DeWitt conta a tragédia de seu casamento, arruinado por dois animais de estimação que odiavam seus donos. King diz ser este seu conto preferido nessa antologia, e ressalta que sempre que é chamado para fazer a leitura de uma de suas obras, o escolhe.
  • O vírus da estrada vai para o norte: Uma história quase autobiográfica, em que um escritor de fantasia se vê perseguido por um assassino maníaco.
  • Almoço no Café Gotham: O que pode ser pior do que um almoço com a esposa que acaba de o abandonar e pedir o divórcio? Talvez um maître com tendências assassinas...
  • Você só pode dizer o nome daquela sensação em francês: King cria uma versão do inferno em que uma mulher fica presa em um looping, repetindo a mesma cena aflitiva vez após vez.
  • 1.408: Um escritor de terror se hospeda em um hotel famoso por ter um quarto mal assombrado. Eles esperava desmascarar mais um mito, mas acaba encontrando a síntese do medo.
  • Andando na bala: Uma das meninas do olhos de Stevie, aborda o medo da morte e o medo de perder a própria mãe.
  • A moeda da sorte: uma camareira de hotel que luta para criar sozinha os dois filhos sonha com as possibilidades de uma moeda da sorte em uma cidade cheia de cassinos até que a encontra.
Cada conto vem acompanhado de uma breve reflexão do autor sobre sua composição.

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