sábado, 4 de abril de 2015

O Forte - Bernard Cornwell

Cornwell se consagrou escrevendo sobre a história da Inglaterra na forma de aventuras. Por sua obra está traçado um panorama de toda a história inglesa: em Stonehenge, ele conta como se organizavam os povos que viviam na ilha há milênios; nas Crônicas de Artur, ele revisita o mito arturiano e dá uma interpretação diferente, pautada em pesquisas históricas e paleontológicas, levando-nos ao século V; as Crônicas Saxônicas se passam cerca de trezentos anos depois e conta sobre a unificação da Inglaterra; em A Busca do Graal, somo levados à Guerra dos Cem Anos e também em Azincourt mas em um período posterior do conflito; O Forte se situa no meio da guerra de independência dos Estados Unidos, e narra o episódio em que o Ingleses retomam uma parte do território rebelde; As Aventuras de Sharpe nos levam às Guerras Napoleônicas e O Condenado a um período posterior, no século XIX. Além desses, há ainda uma série que acaba de ser traduzida no Brasil sobre a Guerra de Secessão, que eu deixei de fora por no ser da história britânica e por não ter começado a ler ainda.
O ponto é que O Forte é o primeiro, que eu leio, que tem relação com a história americana. Devo, também, ter sido o único a fazer um relação desse livro com A Letra Escarlate, de Nathaniel Hawtorne, provavelmente apenas porque essa história também se passa em Massachusetts, mas em uma época anterior à guerra de independência.
A história começa com uma pequena esquadra britânica desembarcando em uma pequena península no território rebelde. O objetivo e iniciar uma ofensiva e reaver o controle da colônia. Imediatamente, o comandante da operação, general McLean, ordena a construção do Forte George, um rústico esboço de fortaleza que será a única chance de vitória da expedição.
Paralelamente aos preparos dos britânicos para defender a terra ocupada, acompanhamos os esforços de retaliação dos americanos, que organizam uma contraoperação que parece superar os britânicos em número e em obstinação.
Como de costume, as descrições de confrontos são a alma do livro. O autor consegue a proeza de tornar um banho de sangue elegante e animado. Os fãs se interessarão em comparar as batalhas com armas de fogo com os clássicos conflitos de espada e escudo (ou arco longo) das Crônicas Saxônicas ou da Busca do Graal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário