sábado, 23 de maio de 2015

A Máquina do Tempo - H. G. Wells

Depois de ler e me impressionar com A Ilha do dr. Moreau, comprei e logo li A Máquina do Tempo, ainda que temendo não encontrar a mesma qualidade literária.
Embora este romance seja anterior à Ilha, é do mesmo calibre. O leitor que começar por um ou pelo outro, com certeza, procurará ler mais do autor.
E mais, há que se levar em conta a beleza e a qualidade da edição e da tradução. A Alfaguara, que publica esse livro (bem como outros livros do mesmo autor — A Ilha do dr Moreau; O Homem Invisível; A Guerra dos Mundos — e de autores como Vladmir Nabokov, que escreveu Lolita, e Ian Fleming, criador do 007) é um selo da editora Objetiva, que foi comprada pelo grupo espanhol Santillana, que hoje pertence ao conglomerado multinacional Penguin Random House. Eu fiz questão de mencionar essa internacionalização da editora porque desde que ela foi comprada, ela vem crescendo no mercado brasileiro. Mais sobre a história da editora pode ser lido no próprio site.
Tudo isso, pra dizer o quão caprichada é a edição desse livro (bem como dos demais citados).
Na história, o personagem, conhecido apenas como Viajante no Tempo, desenvolve, com base na matemática e na engenharia, uma máquina capaz de se mover no tempo, a quarta dimensão (sendo as outras três referentes ao espaço). Como teste, ele viaja até o ano 802701, e encontra o mundo transformado. Quase não há sinais de humanidade. Há, entretanto, os Elóis, pacíficos e dóceis humanoides que recebem o Viajante com uma curiosidade passageira.
Com o passar dos dias, o Viajante nota uma segunda raça de humanoides, os Morlocks, ferozes predadores que se alimentam dos Elóis.
Ao mesmo tempo em que é ficção científica, é também uma alegórica paródia da sociedade pós-industrial.

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