sábado, 2 de maio de 2015

Lolita - Vladimir Nabokov

O livro se tornou tão famoso que o próprio termo dispensa apresentações. Entretanto o nome do autor só é conhecido em círculos literários, mas é muito bem quisto nesses círculos, pois a qualidade de sua obra é um grande feito.
Já há muitos anos eu ensaiava ler esse livro, mas recentemente a vontade ser tornou maior, pois dois amigos o leram e recomendaram. Por sorte, eu encontrei essa edição da Alfaguara bem baratinha.
Logo no começo minha reação foi "Ual!", devido ao alto padrão do vocabulário. A primeira vez que me surpreendi foi logo no prefácio, em que o narrador é descrito como laboriosamente idiossincrático.
À medida que eu avançava pelos longos parágrafos do livro percebia que ele não seria bem como eu imaginara. Eu esperava ler a história de Lolita, uma jovem menina-adolescente que se envolve com um homem mais velho. No entanto o livro é, na verdade, sobre um homem adulto, Humbert Humbert (que em é tão velho — está na casa dos trinta), que é obcecado pelo que chama de "meninas púberes", jovens entre 12 e 14, na transição entre a infância e a adolescência.
O livro é escrito em primeira pessoa, e Humbert descreve toda sua vida até encontrar Lolita. De seus primeiros amores, ao como ele não se sente atraído por mulheres adultas.
Embora seja considerado um romance erótico, há polca menção ao sexo, sem cenas de explicita vulgaridade, não obstante, foi o suficiente para chocar a muitos nos anos 1950.
Mais marcante que o teor sexual (ou a sugestão do apelo sexual) é a obsessão absoluta de Humbert por menininhas.

O livro conta com um prefácio escrito pelo próprio Nabokov, mas atribuído a um fictício amigo de Humbert, que adverte "[...] ainda mais importante [...] é o impacto ético que o livro há de ter sobre o leitor sério; pois neste pungente estudo pessoal oculta-se uma lição para todos; a criança obstinada, a mãe egoísta, o maníaco ofegante — não são meros personagens vivamente descritos numa  história singular: eles nos advertem contra tendências perigosas; eles nos apontam males poderosos. Lolita devia fazer com que todos nós — pais, assistentes sociais, educadores — nos dedicássemos com vigilância e consciência ainda maiores à tarefa de criar uma geração melhor  num mundo mais seguro".

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