sábado, 26 de dezembro de 2015

O Incêndio de Troia - Marion Zimmer Bradley

Entre 2010 e 2013 eu lia um livro de Marion a cada mês. Comecei com A Senhora da Magia e os demais das Brumas de Avalon, logo depois comecei a série Darkover, com A Rainha da Tempestade, e me apaixonei pelo estilo da autora, rapidamente comprando todos os quarenta livro dela que foram traduzidos no Brasil e mais alguns no original em inglês. Por causa dela, eu comecei a ler em outro idioma. Por algum tempo ela foi isolada, a minha autora preferida. Aí, naturalmente, depois de já ter lido mais da metade, diminuí o ritmo e passei a encontrar obras menos boas entre seus títulos, perdendo um pouco do encanto por ela.
Depois de 2013, deixei três livros dela por ler, achando que não seriam grandes coisas. Me enganei com todos. Foram eles: The Flame in Hali, O Salto Mortal e O Incêndio de Troia.
Agora, feita essa leitura, realmente devo ficar muito tempo ser ler Marion, até que eu queira reler algum dos que já tenho, ou comprar um dos não traduzidos nos Estados Unidos.

Nesse livro estamos no melhor do estilo MZB, um romance histórico com batalhas e disputas de poder. Ha também a recorrente luta das mulheres por seu espaço em sociedades machistas.
Marion faz uma releitura da lenda da Guerra de Troia, narrando a história do ponto de vista de Kassandra, princesa de Troia, irmã de Páris e Heitor. Quando criança, ela tem visões perturbadoras e se sente chamada para ser uma sacerdotisa de Apolo, o deus Sol. Entretanto, seus pais a reprimem e exigem torná-la submissa como devem ser as troianas.
No começo da adolescência, ela consegue ser mandada para passar alguns anos entre as amazonas, a tribo de sua mãe. Com elas, Kassandra é treinada nas armas e na luta, mas tem de retornar à Troia para o velho embate com os pais, até que consegue se tornar sacerdotisa.
Porém, nessa época, a guerra já se avizinha, e o clima é tenso.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Duma Key - Stephen King

Edgar Freemantle é um rico empresário do norte dos Estados Unidos. Casado, bem sucedido e com duas filhas criadas, ele chega à meia idade com tudo que precisa para ser feliz. Até que sofre um acidente que muda sua vida.
Ele é atropelado por um imenso guindaste. Atropelado não é o termo ideal, porque ele estava a bordo de sua grande picape; mas o fato é que o guindaste faz picadinho dele e do veículo.
Edgar quebra vários ossos, tem lesões cerebrais e perde todo o braço direito.
A partir daí ele mergulha em um círculo de raiva inexplicável e incontrolável. Sua recuperação é difícil e dolorosa, e seus acessos de raiva não ajudam em nada. Na verdade, os acessos o prejudicam bastante, pois em mais de um momento, ele ataca a esposa, esfaqueando-a e estrangulando-a.
Chega um momento que ela não aguenta mais e toma a polêmica decisão de abandonar seu marido convalescente. Pior, ela pede o divórcio, pois tem direito a parte da empresa de 40 milhões de dólares que eles construíram durante sua vida juntos.
Nesse momento tão difícil, o terapeuta de Edgar recomenda uma terapia pouco ortodoxa conhecida como cura geográfica, em que o paciente muda radicalmente de ares para tentar superar seus problemas.
Assim, ele vai para Duma Key, uma ilhota na costa da Flórida, isolada do continente e quase deserta a maior parte do ano, exceto durante o inverno, quando lota com turistas tentando escapar do inclemente inverno do norte. Durante o resto do ano, há apenas mais dois moradores, a dona da maior parte da ilha, Elizabeth Eastlake, de 85 anos e mergulhando nos precipícios do Alzheimer e seu acompanhante/cuidador/único amigo, Jerome Wireman, um ex advogado que se torna o melhor amigo de Edgar em sua nova vida.
Edgar volta a pintar em Duma. Ele começa devagar, despretensiosamente, mas é aconselhado (e impelido) a voos mais altos. Rapidamente, pintar se torna uma atividade compulsiva e assustadora.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Noite Sem Fim - Agatha Christie

Agatha Christie aparece entre minhas leituras umas dez vezes ao ano. Ela disputa espaço com Stephen King, Marion Zimmer Bradley e Bernard Cornwell, como uma de minhas escritoras preferidas. Em geral, eu prefiro as aventuras de Poirot, mas também gosto muito das histórias com detetives menos badalados, como o Coronel Race. Só olhos com menos apreço para os livros da Miss  Marple...
Este, por outo lado, é uma exceção, pois não há nenhum detetive investigando o mistério.
A história é narrada por Michael Rogers, um jovem rapaz de origem pobre e não muito afeito ao trabalho. Ele viaja um pouco e descreve seu amigo, Santonix, um extravagante arquiteto, e um misterioso lugar, uma propriedade rural chamada As Torres, mas conhecida como Campo do Cigano. Segundo os vizinhos, o lugar seria amaldiçoado. Na verdade a sutil maldição é que ali acontecem acidentes.
Quando Michael e Ellie se apaixonam, muitos os criticam, pois ela é uma rica herdeira americana, e ele não tem ode cair morto. A despeito de toda a oposição, eles se casam, compram o Campo do Cigano e contratam Santonix para construir a casa dos sonhos.
A família de Ellie reprova a relação, mas aceita por depender dela financeiramente.
O mistério se instala quando Ellie misteriosamente morre em um acidente enquanto cavalgava pela propriedade.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Uma Longa Jornada - Nicholas Sparks

Eu cometi o erro de começar a ler Nicholas Sparks por Querido John, que absolutamente não representa a obra do autor. Por isso, demorei bastante a ser convencido a ler outro de seus livros. Porém, a partir de quando me convenceram a ler A Última Música, passei a comprar satisfeito os livros do autor. Ele continua não sendo um dos meus preferidos, mas sempre que eu escolho um de seus livros para ler, tenho bons momentos de uma leitura fácil e divertida.
Sparks tem um jeito fluente de contar suas histórias, nos envolvendo nos dilemas e romances de seus personagens e fazendo o tempo voar.
Sempre sinto essa catarse literária quando o leio e mesmo assim me surpreendo.
Nesse livro, acompanhamos três vidas, a de Ira Levinson, um judeu de 91 anos que sofre um terrível acidente de carro durante o inverno e se vê preso dentro do carro no meio do nada, sendo gradualmente soterrado de neve, sem acesso a comida ou a água. Pouco depois do acidente, ele começa a ter visões de sua esposa, Ruth, falecida a nove anos. É essa presença que o mantém vivo DIAS... Ira e Ruth recordam momentos de seus longos anos juntos, uma vida de felicidade e de amor.
Acompanhamos também a vida de Sophia Danko, uma universitária de 21 anos que se muda de Nova Jersey para a Carolina do Norte. Ela sempre fora muito dependente dos pais e vivera uma vida limitada, mas na Universidade, passara a ser dona de seu nariz e senhora de suas decisões, por piores que elas fossem. Assim, é em um momento de coração partido que ela conhece nosso terceiro personagem, Luke Collins, um caubói boa pinta que já entra na história salvando a mocinha de um apuro.
Luke é um homem muito simples, muito apegado à sua mãe e à fazenda deles, um peão de boiadeiro, um homem do campo, acostumado a resolver os problemas com as próprias mãos, mas sem muita instrução.
Já é improvável que as vidas de Luke e Sophia se cruzem, quanto mais que eles engatem um promissor romance. Imaginem só a surpresa que é quando seus caminhos se cruzam também com os de Ira...