sábado, 16 de janeiro de 2016

As Intermitências da Morte - José Saramago

Vocês já sabem a minha opinião sobre o José Saramago (o Chatamargo): um bosta!
Todas as vezes que resolvo lutar contra um livro dele, passo raiva. Todos são uma decepção: extremamente superestimado pela mídia, que o põe em altos patamares da literatura, pouco conhecido pelo público, absurdamente irritante para os leitores e um pote de ouro para as editoras, este é o português que ganhou um Nobel de literatura (premiozinho mais acochambrado que existe.).
Vocês podem ver meus comentários sobre o Ensaio sobre a Cegueira neste link. Já o Ensaio sobre a Lucidez, embora seja tão ruim quanto o anterior, não mereceu uma resena minha por ser menos aclamado pela mídia.
Podem se perguntar por que, então, eu continuo a lê-lo. Simples, as pessoas continua me dando e emprestando seus livros por acharem que, como eu gosto de ler de tudo, vou gostar até da má literatura.
O livro tenta se vender como instigante e inusitado, começando bem com a frase "No dia seguinte ninguém morreu", mas logo cai na mesma lenga lenga que é característica do autor, com seus parágrafos imensos, personagens insossos e narrativa aborrecida.
O que é uma pena, pois, apesar de seu estilo narrativo horripilante, Chatamargo teve uma boa sacada com esse livro, digo, com seu enredo. Em um determinado momento, a morte deixa de cumprir seu papel. Todos percebem que não mais correm o risco de passar dessa pra melhor. A curto prazo, as agências funerárias e os planos de seguro de vida sofrem o primeiro golpe. Mas não demora a se instalar uma crise geral na sociedade: os hospitais ficam lotados de pacientes agonizantes (aparentemente, só o cavaleiro da morte tirou férias, o da peste continua a todo vapor!), idosos avançam rumo à senilidade e à decrepitude sem esperança de um alívio.
Os políticos e a Igreja anteveem o pior. Esta especialmente: se não há morte, não há ressurreição, e sem ressurreição, a Igreja perde sua razão de ser.

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