sábado, 16 de janeiro de 2016

O Pacifista - John Boyne

Embora John Boyne tenha publicado mais de quinze livros, eu só li quatro. Demorei bastante para começar esse quinto porque fiquei sem saber de sua publicação. Lembro de ler O Menino do Pijama Listrado e em pouco tempo ver a divulgação da publicação no Brasil de O Garoto do Convés, a então um ou dois anos depois, O Palácio de Inverno. Desde então não vi mais publicidade sobre seus lançamentos.
Não obstante, é sempre um prazer ler um de seus livros. Agora que sei de outros lançamentos do autor, já comprei mais alguns e os resenharei esse ano.

Antes de começar a ler O Pacifista vi no texto de capa a recomendação do The Sunday Times, que o descrevia como "Cativante desde o primeiro parágrafo", bem o tipo de coisas que se encontra por aí sobre lançamentos de autores badalados. O que acontece é que, neste caso, é verdade, pois o livro começa assim:
"Sentada à minha frente no vagão, a senhora idosa de estola de pele de raposa recordava alguns homicídios que havia cometido ao longo dos anos".
Percebemos, então, que o livro é narrado em primeira pessoa, por seu personagem central, o jovem Tristan Sadler, que mentiu sua idade para poder se alistar no exército inglês e participar da Primeira Grande Guerra.
A história corre em dois eixos de tempo, um logo após a guerra e outro no seu decorrer, enquanto o regimento de Tristan é treinado e, posteriormente, conduzido ao campo de batalha. No eixo pós-guerra, ele vai a uma cidadezinha do interior visitar a irmã de seu melhor amigo, uma das vítimas da guerra; seu objetivo é entregar a ela as cartas que o falecido soldado recebera durante o período em serviço.
Como não poderíamos ficar sem um tempero especial, Boyne aborda um grande tabu para a Inglaterra durante o século XX: a homossexualidade, e mais especificamente, a relação homossexual entre dois soldado em uma época em que a homossexualidade era considera crime.
E não é que o tema continua atual!

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