sábado, 15 de outubro de 2016

O Homem do Castelo Alto - Philipe K. Dick

Estou em uma cruzada pela ficção científica (na verdade não só por esse gênero, como também por ficção histórica, Stephen King e Agatha Christie) já ha algum tempo, e venho procurando livros e autores que se destacaram com esse tipo de livro. Desse modo, ando lendo Isaac Asimov, Arthur Clarke, Greg Bear, H. G. Wells e outros. Diferentemente do padrão, O Homem do Castelo Alto entrou na minha lista não por indicação (de outro leitor ou livro), mas por causa da adaptação da história em uma série de TV. Procurando mais sobre a série, encontrei uma espécie de currículo literário do autor, e me interessei muito por sua obra. Entre as dezenas de romances e contos que ele deixou, várias histórias já viraram sucesso no cinema — como Blade Runner, Minority Report e O Vingador do Futuro.
O livro se passa na década de 1960 em uma realidade alternativa em que os países do Eixo venceram a segunda guerra mundial, assim no período da Guerra Fria a tensão não é entre os Estados Unidos e a União Soviética, mas entre a Alemanha e o Japão, que depois de vencer a guerra se colocaram em cantos opostos do ringue e dividiram o mundo como seus domínios. Em de de a Alemanha ter sido divida entre comunista e capitalista, os Estados Unidos é que foram separados em dois países, um sob domínio nipônico e outro como parte do grande Reich nazista.
Existem outras mudanças que vão sendo apresentadas à medida que a história avança: os negros são escravos novamente, a África foi destruída por alguma experiência nazista que não saiu como programada, os judeus foram quase totalmente exterminados, os que restaram se escondem e vivem como podem. A corrida espacial está muito mais avançada, já existem sondas nazistas em Marte e a filosofia do I Ching é onipresente.
Dentro da história há uma ficção paralela. Um livro, O Gafanhoto Torna-se Pesado, circula entre todos os núcleos de personagens, trata-se de uma história sobre uma realidade alternativa em que o resultado da guerra fora oposto, de modo a confrontar todos os paradigmas estipulados em O Homem do Castelo Alto, se aproximado, mais ou menos, da nossa realidade.
A ideia original e a narrativa peculiar tornam esta leitura indispensável.

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